quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Desigualdade social reforça aids na América Latina e Caribe



As desigualdades sociais e econômicas, somadas em alguns casos à falta de atendimento oficial, reforçam a pandemia da aids na América Latina e no Caribe, segundo um relatório apresentado hoje em Bogotá pela Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).

Além dos amplos contrastes como entre o Haiti, o país mais afetado, e Chile, o que tem menos casos, o estudo ressalta a baixa incidência da doença no Equador e na Argentina, assim como os avanços no Brasil, Colômbia e México, entre outros, lembrou Francisco Moreno, diretor-geral de Saúde da Cruz Vermelha Colombiana.

O relatório, intitulado "A desigualdade aguça a pandemia do HIV: enfoque especial na resposta das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha na América Latina e no Caribe", pede maior atenção às pessoas com maior risco.

Pelo menos 140 mil novos casos de aids foram registrados na América Latina em 2007, último ano para o qual há dados. Com isso, o número de soropositivos na região chega a 1,7 milhão de pessoas.

No mesmo período, mais de 60 mil pessoas morreram por causa da doença, acrescenta o relatório.

No Caribe, 230 mil pessoas viviam com o HIV em 2007. Quase 75% deste total são de República Dominicana e Haiti.

Nesse mesmo ano, quase 20 mil pessoas foram contaminadas com o vírus e 14 mil morreram no Caribe, principalmente no Haiti e na República Dominicana.
Jovens, prostitutas, garotos de programa e seus clientes, homossexuais, transexuais, detentos e usuários de drogas são considerados pelo estudo como os grupos de maior risco.

Segundo o relatório, essas pessoas são as que menos têm possibilidades de acesso às campanhas de prevenção e de conscientização.
Pessoas que vivem em zonas remotas, entre elas os indígenas, também são grupos vulneráveis.

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