sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

NOTÍCIA


Mais de 70% das mulheres acima de 50 anos não usam camisinha

Dados fazem parte de pesquisa do Ministério da Saúde. Campanha de prevenção à aids a ser lançada no carnaval irá responder a essa realidade


Mulheres acima dos 50 anos não têm o hábito de usar preservativo, nem mesmo nas relações eventuais. Dados parciais de pesquisa de comportamento realizada pelo Ministério da Saúde em 2008 apontam que 72% das brasileiras nessa faixa etária não usam camisinha com parceiros casuais. Para alertar sobre os riscos do comportamento, o Ministério da Saúde, em conjunto com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, lança na sexta-feira, 13/02, a campanha de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis no Carnaval 2009, com o slogan “Sexo não tem idade para acabar. Proteção também não”.

O lançamento será na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Estarão presentes mulheres de comunidades carentes do Rio de Janeiro e artistas do samba, que formarão uma roda de samba totalmente feminina. Os ministros José Gomes Temporão, da Saúde, e Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, farão a apresentação dos dados e das peças da campanha.

A pesquisa de comportamento revelou ainda que mais da metade delas (55,3%) é sexualmente ativa. O problema é na hora de se prevenir. Enquanto o uso regular de camisinha nas relações casuais no grupo de 15 a 49 anos fica em 47,5%; nos mais velhos, esse índice é de apenas 34,8%. O recorte por sexo mostra que o público feminino está em situação mais vulnerável. Só 28% das “cinquentonas” e mais velhas adotam a prevenção. Entre os homens, o número sobe para 36,9%.

“É preciso conscientizá-las que esse é um comportamento de risco para elas, como para qualquer parcela da população”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, referindo-se ao aumento da incidência de aids nesse segmento. Entre mulheres acima de 50 anos a taxa mais que triplicou em dez anos. Em 1996 havia de 3,7 casos por 100 mil habitantes; em 2006, o índice já era 11,6.

De acordo com a diretora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão, a campanha trabalha para ampliar o direito das mulheres à saúde. “Sabemos de suas dificuldades para negociar o uso do preservativo com os parceiros. Com essa ação, queremos fortalecê-las para que possam ter condições de exercer a sexualidade de forma mais segura”, ressalta.

“É importante acabar com o estereótipo de que as mulheres com mais de 50 anos não têm vida sexual ativa. Por essa razão, o foco da campanha de carnaval deste ano está voltado para as mulheres maduras. É preciso cada vez mais incentivar as mulheres a exigir do parceiro o uso de preservativo”, explica a ministra Nilcéa Freire.


Fonte: http://www.aids.gov.br/

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